quinta-feira, 19 de julho de 2012

Caern participa de estudos para conhecer e prevenir problemas no aquífero litoral


Lígia Cortez – ACS Caern

Com a finalidade de conhecer as potencialidades do aquífero Barreiras, na região litorânea do Estado, um grupo de técnicos está estudando a capacidade, a vulnerabilidade à contaminação e a qualidade da água para uma gestão sustentável. O trabalho vai orientar o poder público à utilização correta do aquífero, evitando a exploração inadequada e o esgotamento de fontes irrecuperáveis de abastecimento à população. A Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) é uma das principais interessadas no assunto porque tem constatado, com o passar dos anos, que as alternativas para o abastecimento de água no Estado estão cada vez mais escassas e distantes dos centros urbanos.
O geólogo da Caern, Marcelo Augusto de Queiroz é um dos integrantes do grupo de “Estudo Hidrogeológico para Orientação do Manejo das Águas Subterrâneas no Litoral Leste do RN” e explica que o trabalho está dividido em três blocos: o Sul, de Arez até Baía Formosa; o da região Metropolitana composto por todos os municípios próximos a capital, inclusive Natal; e o bloco Norte que começa em Maxaranguape e avança até São Miguel do Gostoso. Segundo Marcelo, o levantamento deve ficar pronto antes do final do ano para ser apresentado e discutido com os habitantes e usuários de água, durante seminário específico de cada bloco.
Após o seminário e os ajustes feitos dentro da visão dos técnicos e da comunidade, o trabalho será disponibilizado ao público em cada uma das prefeituras que utilizam o aquífero como fonte de abastecimento. O documento vai constar as práticas e recomendações adotadas a fim de evitar a degradação e contaminação do lençol subterrâneo, trazendo prejuízos às gerações futuras. Uma das maiores preocupações dos estudiosos é a expansão do nitrato nas fontes subterrâneas e as poucas alternativas para abastecimento com captação em mananciais de superfície.

RECURSOS

O governo do Estado está investindo aproximadamente R$ 4 milhões oriundos de empréstimo contraído junto ao Banco Mundial e do governo federal. Os estudos realizados nos municípios que compõem a região metropolitana e a capital, são custeados pelo governo federal através da Agência Nacional de Águas (ANA), enquanto as demais localidades, com verba do Banco Mundial e Governo do Estado.
A Comissão Técnica de Avaliação e Fiscalização para os estudos do aquífero, é composta por um representante da Caern, dois da Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), um do Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) e outro do Banco Mundial. As pesquisas de campo e os relatórios são feitos pelos técnicos contratados por uma empresa de São Paulo, residentes neste Estado. À medida que esses Relatórios estão sendo concluídos, em cada uma das etapas, são entregues à Comissão para análise e discussão durante as reuniões periódicas. A fiscalização, das diversas formas de utilização dos mananciais, é de responsabilidade da Semarh.

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